Depois que eu me apaixonei de verdade, e não deu muito certo, então eu não consigo mais… Eu
fico esperando, putz, eu quero sentir aquilo de novo, mas aí, se
começa, se o coração bate mais rápido: “Ah, eu não sei se quero isso,
não”. Eu acreditei durante muito tempo em amor romântico. Hoje em
dia, eu não acredito em amor romântico, não. Eu acredito em respeito e
amizade. De repente, sexo e tudo. Ou, então, expressão física. Mas
é assim: respeito e amizade. Porque paixão, essa coisa de amor
romântico mesmo, acho que traz muito sofrimento e sempre acaba. Você
sofre, você fica pensando na pessoa, você não funciona direito. Ao
mesmo tempo em que você descobre muitas coisas boas em você — não sei,
pelo menos comigo acontece isso —, eu descubro sempre as invejas, certos
ciúmes, uma certa possessividade, no meu caso, muito machista. E isso
incomoda. Eu sou ciumento, possessivo, italianão. Eu acho que o amor verdadeiro não passa por isso, não.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a
flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia
preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do
acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria
que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito?
Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém...
Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali?
Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado?
Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV...
E você gelou porque o bom daquele momento já passou...
E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue?
Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso?
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo?
Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa?
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?
Para essas perguntas existem muitas respostas...
Mas o importante sobre elas não é a resposta em si...
Mas sim o sentimento...
Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal...
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
Então, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa...
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mágoas no coração.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com você mesmo!!!
Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém...
Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali?
Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado?
Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV...
E você gelou porque o bom daquele momento já passou...
E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue?
Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso?
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo?
Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa?
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?
Para essas perguntas existem muitas respostas...
Mas o importante sobre elas não é a resposta em si...
Mas sim o sentimento...
Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal...
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
Então, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa...
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mágoas no coração.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com você mesmo!!!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Me entende, eu não quis, eu não quero, eu
sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho
medo, merda! Ontem chorei. Por tudo que
fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por
termos nos perdido. Pelo que queríamos que fos…se e não foi. Pela
renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não
comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorei pela guerra
cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não
atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo
amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho
esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos
desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha.
Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou.
E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora
os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Quero
ser criança, mulher, homem, ET, megera, maluca e, ainda assim, olhada
com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns
hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na
sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome
dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...). Que
ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja
a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha
cabeça quando eu for sincera
em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em
minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo
como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe
apimentado sem medo, respeite meus enjoos de sensibilidade, minhas
esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor
arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Alguém me ensina a pensar menos nele? Alguém me
ensina a não repetir centenas de vezes a mesma cena na cabeça? E não
fazer dessas lembranças o meu maior martírio? Porque dói, dói muito
pensar que há pouco tempo eu estive inteira com ele e o deixei partir,
assim, sem insistir, sem nem um “fica mais um pouco?”. É possível não
sentir esses arrepios ao lembrar-me do toque, do cheiro, do beijo dele?
Ah, eu daria tanta coisa para que aquele anjo estivesse aqui comigo
agora, hoje, amanhã, sempre. Eu daria tudo pra vê-lo sorrir mais uma vez
pra mim, mas quando estou com ele fico tão pequena, entrego-lhe o que
ainda me resta, ele vai embora e eu fico aqui, me sentindo incompleta,
me sentindo um nada, sobrevivendo apenas de migalhas da minha memória.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Hoje
de manhã eu acordei e fiquei olhando para tudo catatônica, um misto de
susto com deslumbramento. Me dei conta de que essa é a pior e a melhor
fase da minha vida. Eu nunca andei tão triste e nem tão feliz. Foi difícil enterrar tantos mortos e tantas rotinas, mas está sendo muito fácil viver dentro de mim.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Preciso muito que alguma coisa muito muito boa
aconteça na minha vida. Alguma coisa, alguma pessoa. Acho que tenho medo
de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades
pela metade, de viver de ilusão. Eu preciso muito muito deixar
acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho
sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem
que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova
mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração.
Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
- - Você está feliz?
- - Por que?
- - Curiosidade. Mas responde, você está feliz?
- - Estou feliz, claro que estou muito feliz. Por que não estaria?
- - Você não é feliz. Não era uma pergunta.
- - Por que você está dizendo isso? Não sou uma das pessoas mais alegres que você conhece?
- - Você sorri sempre. Sempre têm palavras doces para todos. Sempre tem uma canção na ponta da língua.
- - Então, sou contente…
- - Verdade. Ri de tudo. Mas quando não acha que está sendo observada, fica pensativa.
- - Eu penso demais. Isso não significa nada. Eu sou feliz e ponto. Que coisa. Tenho um buquê de sorrisos.
- - É. Até pode ser. Mas são seus olhos.
- - O que tem eles?
- - Seus olhos. Eles não brilham mais.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu
namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto
vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de
amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da
fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor.
Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta.
Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que
entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.
A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.
Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.
Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.
Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.
A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.
A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.
Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.
Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.
Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.
A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
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