Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda
assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na
escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura.
Quero foto brega
na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome
dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira…). Que ele
me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a
família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha
cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore
quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne
uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas
posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus
enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir
com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me
encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.
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